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O bacalhau, como todos peixes, é das melhores fontes de proteína e também fonte de ácidos gordos ômega-3 (EPA e DHA).
Também é rico em vitamina B12, iodo (essencial para o desenvolvimento neurológico e suporte do sistema imunitário), vitamina D (papel na construção óssea e que é normalmente deficiente em bebés), selénio e fósforo.
De acordo com as recomendações mais recentes da DGS ("Recomendações para o consumo de pescado" de Maio de 2023), o bacalhau está entre as espécies com níveis médios de mercúrio e por isso pode fazer parte de uma alimentação variada.
Segundo as mesmas recomendações, o consumo de pescado (peixe, moluscos e crustáceos) deve ser limitado a 3 a 4 vezes por semana. Os peixes com maiores níveis de mercúrio devem ser evitados totalmente por bebés e crianças até aos 10 anos, mulheres grávidas e a amamentar.
Idade
O bacalhau, se fresco, pode ser introduzido a partir dos 6 meses. Já o bacalhau seco, o mais comum em Portugal, só pode ser oferecido a partir dos 12 meses, porque tem sal.
Certifique-se sempre que o seu bebé tem os sinais de prontidão antes de iniciar a introdução da alimentação complementar.
Pode causar alergia?
Sim. O peixe é um dos alimentos que mais desencadeia reações alérgicas. As alergias a peixes podem aparecer cedo na infância. Presume-se que menos de 0,1 por cento de todas as crianças na Europa sejam alérgicas a peixe (fonte: ECARF).
Embora as alergias alimentares ao leite de vaca ou ovos tendem a diminuir com o tempo, estudos sugerem que a alergia a peixes tendem a permanecer durante toda a vida.
Representa risco de engasgo?
Tal como com outros peixes, a carne do peixe não representa risco de engasgamento, mas as espinhas sim.
Como oferecer?
Baby-led weaning (BLW)
Os cortes mencionados neste artigo são sugestões. Cada bebé desenvolve ao seu tempo e é muito importante observar o seu bebé e ajustar o corte de acordo com o desenvolvimento do seu bebé.
6 aos 12 meses:
Não ofereça bacalhau salgado porque contém níveis elevados de sódio.
O bacalhau fresco deve ser cozinhado (cozido, cozido a vapor, grelhado ou assado) e oferecido em tiras ou pedaços da largura de dois dedos de um adulto. Certifique-se sempre que não há espinhas no peixe, porque as espinhas representam risco elevado de engasgamento.
Outra opção, é desfiar o bacalhau depois de cozinhado e servir num prato para o bebé explorar ou misturado a outro preparo.
Assim que o bebé começar a tentar agarrar os alimentos com a ponta dos dedos (entre o polegar e o indicador), pode começar a oferecer o bacalhau cozinhado em pedaços menores.
Introdução convencional
Não ofereça bacalhau salgado antes dos 12 meses porque contém níveis elevados de sódio.
Cozinhe o bacalhau fresco - pode cozer, grelhar, assar, estufar, desfie com um garfo e faca, e misture a um puré. Esta textura é segura para bebés desde os 6 meses, e é mais interessante para o desenvolvimento do bebé.
Certifique-se sempre que não há espinhas no peixe, porque as espinhas representam risco elevado de engasgamento.
A partir dos 12 meses
Hora de introduzir o bacalhau salgado! Se demolhar em casa, demolhe muito bem e prefira oferecer os lombos.
Como o bacalhau seco tem níveis maiores de sódio, varie a oferta com outras espécies que contenham níveis baixos e médios de mercúrio como cantarilho, carapau, cavala, chicharro, choco, corvina, dourada, faneca, garoupa, linguado, lula, perca, pescada, polvo, pota, pregado, raia, "redfish“, robalo, rodovalho, salmão, salmonete, sarda, sardinha, sargo, solha, tamboril e truta.
Curiosidades
Os oceanos estão contaminados com metais tóxicos, como o metilmercúrio, que se acumulam no organismo e seriam necessários muitos meses, em alguns casos anos, para serem eliminados. Por isso são especialmente perigosos para grupos de risco como mulheres em idade fértil, mulheres grávidas ou a amamentar e bebés e crianças. O metimercúrio é particularmente tóxico para o sistema nervoso e cérebro em desenvolvimento.
A principal fonte de exposição humana ao metilmercúrio dos alimentos é o peixe e o marisco. As concentrações de metilmercúrio nos peixes variam com o tipo de peixe. Os níveis de metilmercúrio estão relacionados com o seu acúmulo na cadeia alimentar (tamanho do peixe, alimentação, fase da vida na captura).
O metilmercúrio está presente em quantidades maiores em grandes peixes predadores, como atum fresco, cação, espadarte, maruca, pata roxa, peixes-espada e tintureira. Estas espécies devem ser totalmente evitadas por bebés e crianças até aos 10 anos.
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