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Hoje apresentamos alguns mitos que se propagam na introdução alimentar e apresentamos os fatos que vão contra esses mitos. Continue a ler para ver alguns deles.

Acho que este post já era devido há muito tempo. Bem sabemos que, no que diz respeito à diversificação alimentar, há muita informação contraditória.

Uma das principais razões para tanta informação contraditória é o fato da informação em si estar desatualizada. Ou seja, eram recomendações que existiam no passado – algumas com evidência científica para suportá-las, outras nem tanto – e que caíram por terra ao longo dos anos por nova evidência científica (ou falta dela).

No entanto alguns profissionais de saúde não acompanharam essa evolução na informação.

8 mitos na introdução da alimentação complementar:

MITO #1: Não se pode oferecer espinafres, beterrabas, nabiças e nabo antes dos 12 meses.

FATO: Os espinafres, beterrabas, nabos, nabiças têm nitratos. Os nitratos podem constituir um problema de saúde quando reduzidos a nitritos. Mas também a cenoura tem nitratos, e ela aparece nas sopas desde os 4 meses.

Ter cuidado com a conservação e armazenamento desses alimentos é o mais importante (temperatura, local e tempo de armazenamento). Cozer separadamente e descartar a água também reduz os nitratos. Prefira também espinafres congelados se não forem logo consumidos. Os espinafres que são comprados congelados, sofrem um congelamento rápido quando colhido (e os nitratos no espinafre tendem a aumentar depois que o espinafre fresco é colhido).

MITO #2: Não se pode oferecer morangos antes dos 12 (ou 15, 18, 24) meses.

FATO: O morango não aparece na lista de alergénicos comuns. Não é mais alergénico que uma banana por exemplo. E mesmo que fosse um alergénico, a evidência mais recente sugere que se aproveite a janela imunológica e que se introduzam alergénicos até aos 12 meses.

MITO #3: Não se podem oferecer frutas cítricas antes dos 12 meses.

FATO: Na maioria dos casos, as frutas cítricas não fazem mal ao bebé. Podem sim dar reação de contacto ou piorar uma assadura, mas isto não é razão para não introduzi-las a partir dos 6 meses. Nascemos com predisposição para preferir alimentos doces, então há benefícios em introduzir desde cedo outros sabores como o ácido e o amargo.

Alguns bebés podem ter síndrome de alergia oral e nesses casos pode sim haver reação aos frutos cítricos.

MITO #4: Não se pode oferecer carne de porco antes dos 12 (ou 15 ou 24 meses).

FATO: Antigamente achava-se que a carne de porco era pobre em nutrientes e rica em gordura saturada. Além disso, era de má qualidade e fonte de parasitas. Nada se justifica atualmente. A carne de porco, especialmente o lombinho, é fonte de ferro (1.2 mg de ferro por 100g) e por isso pode entrar na alimentação do bebé desde os 6 meses. Os entrecostos são excelentes para o bebé treinar a mastigação e fortalecer a mandíbula.

A quantidade de gordura saturada varia muito entre os tipos de cortes. Prefira cortes mais magros, e como sempre, varie a fonte de proteína que oferece ao bebé! Cozinhe bem a carne de porco e nunca ofereça carne mal passada a bebés e crianças pequenas.

MITO #5: Deve-se introduzir primeiro a gema

FATO: A clara é mais alergénica do que a gema, mas não é justificação para introduzir apenas a gema primeiro. Nenhum órgão de saúde refere que a gema deve ser introduzida primeiro. A forma de introduzir o ovo (apenas gema ou ovo inteiro) é uma decisão pessoal dos pais, a não ser que haja histórico de alergia.

MITO #6: Não se pode introduzir marisco antes dos 12 meses.

FATO: O marisco é um alergénico comum e por isso deve sim entrar na janela imunológica até aos 12 meses. Evitamos marisco com muito sal como amêijoa, lagosta. Os outros? Oferecemos sempre bem cozidos e de locais de confiança. 

MITO #7: Deve-se começar a introdução alimentar com carnes brancas

FATO: Carnes vermelhas são mais ricas em ferro e por isso devem fazer parte da alimentação do bebé desde o primeiro dia.

MITO #8: Não se deve cozinhar a comida do bebé com azeite

FATO: A temperatura a partir da qual o azeite começa a degradar-se é de 210° (fonte: ASAE), uma temperatura bem elevada e por isso é sim seguro refogar a comida do bebé, usar um pouco de azeite para assar a comida ou usar um pouco de azeite para grelhar alimentos.

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