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Este artigo faz parte do Glossário de Alimentos de A a Z.

O chuchu popularizou-se não só pela sua aparência como também pelo seu perfil nutricional. Existe uma grande variedade quanto à forma e cor do chuchu. A forma pode ser ovoide, piriforme ou arredondada, e a cor pode ir desde o amarelo até ao verde escuro. Já foram reconhecidas dez espécies, das quais oito são selvagens e duas cultiváveis.

Apesar do seu aspeto peculiar, o chuchu é um fruto que contém diversos minerais incluindo o potássio, fósforo e magnésio. No seu conteúdo vitamínico destaca-se a vitamina C e vitamina B9 (também conhecida por folato ou ácido fólico). Vale lembrar que o conteúdo destas duas vitaminas diminui com o tratamento térmico, sendo aconselhável optar-se pelo cozimento a vapor para minimizar as perdas, mas deve-se variar as formas de cozedura. O ácido fólico é de extrema importância durante a gravidez e é suplementado. Estima-se que apenas dois terços do folato, proveniente das fontes alimentares seja absorvido. Já através da suplementação este micronutriente é praticamente 100% absorvido! O chuchu cresce com relativa facilidade devido à sua grande capacidade de adaptação a diferentes condições climáticas. Para além disso, é muito resistente a doenças e pragas. Esta resistência é conferida, em parte, pela presença de vários polifenóis. Estes compostos são produzidos pela planta para exercer funções de proteção contra fungos e insetos. No entanto, o consumo de alimentos ricos em polifenóis parece exercer efeitos positivos no organismo humano!1

Curiosidade: O chuchu costuma ser colhido quando ainda está “verde” (imaturo) porque, à medida que vai ficando mais maduro, também fica mais duro e fibroso.

A partir de que idade pode oferecer: + 6 meses ou quando o bebé já tiver todos os sinais de prontidão.

Pode causar alergia: Não existem dados ou casos reportados. No entanto, o chuchu pertence à família Cucurbitaceae (à qual também pertence a melancia e o melão) muitas vezes associada a alergias alimentares. Relembra-se que, em teoria, qualquer alimento pode causar alergia. Por isso, começamos sempre com quantidades pequenas e evoluímos gradualmente.

Representa risco de engasgo: Como qualquer vegetal, se for consumido cru o risco de engasgo é elevado. Se cozido até ter uma consistência macia, o risco será baixo.

Veja mais sobre os cortes e texturas dos alimentos neste artigo.

Como oferecer o chuchu

O chuchu, quando cozido, tem um sabor bastante versátil. Pode incorporá-lo em sopas, em purés, assá-lo ou até mesmo salteá-lo. Atenção ao caroço uma vez que o seu sabor não é agradável; deve retirá-lo. A pele também tem um sabor mais adstringente pelo que removê-la é uma boa opção. Quando o chuchu é descascado, ele liberta uma substância que pode causar uma reação alérgica na mão e comichão. Pode por isso optar por usar luvas enquanto corta o chuchu.

BLW:

Pode cozer o chuchu em fatias ou meias luas ao vapor, com um pouco de água ou assá-lo. Certifique-se sempre que está macio o suficiente e que consegue esmagar com a ponta dos dedos. Atenção para não exceder na cozedura e torná-lo demasiado mole.

Outra hipótese é oferecer na forma de puré. Basta cozer, amassar com um garfo e adicionar um pouco de azeite. Outra opção é refogar com cebola e azeite e depois amassar com um garfo. Sirva o puré num prato ou numa colher e ofereça a colher ao bebé.

Quando o seu bebé tiver o movimento pinça fina desenvolvido pode optar por cortar o chuchu cozido e macio em pedaços menores para o bebé agarrar com a ponta dos dedos. Se optar por assar ou saltear o chuchu, adicione diferentes temperos e ervas aromáticas para diversificar os sabores.

Introdução convencional: 

O chuchu pode ser dado na forma de papa. Coza o chuchu e com um garfo amasse-o. Também pode usar a varinha mágica e com a água restante da cozedura ir ajustando a consistência. Em alternativa, pode juntar um pouco de leite (materno ou artificial) em vez de água. 

Lembre-se de evoluir a textura dos purés: comece por deixar alguns pedaços (pequenos) por amassar, vá deixando cada vez mais pedaços até oferecer a abóbora cozida em pedaços pequenos (ideal quando o bebé começa a fazer a pinça fina)

Escrito por:

Raquel Gomes, estudante de nutrição na Universidade do Porto e autora da página de Instagram Sem Papas e Bolos. Divide o tempo livre entre redação de artigos, criação de posts informativos e formações na área da nutrição. Adora ciência e comunicá-la é uma das suas paixões.

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